Problema: A educação a distância no Brasil ainda apresenta falhas sob o ponto de vista sistêmico.
A escola sistêmica, preconizada por Bertalanfy conforme estudo detalhado de Chiavenato (2004), surgiu na metade do século passado com o intuito de avaliar como as diferentes áreas da ciência como: biologia, física e Química estão relacionadas. Destes estudos, verificou-se a possibilidade de uma análise genérica para as demais áreas do conhecimento.
Para Chiavenato (2004, pg. 392), os sistemas são abertos, integrados e desenvolvem princípios unificadores, sendo assim, interagem mutuamente. Ainda neste raciocínio, “a teoria de sistemas permite reconceituar os fenômenos dentro de uma abordagem global, permitindo a inter-relação e integração de assuntos que são, na maioria das vezes, de natureza completamente diferentes” (CHIAVENATO 2004, pg. 394). Para este mesmo autor, o conceito de sistema perpassa pela idéia de um conjunto de elementos que interagem entre si para formar um todo.
Sob os baluartes desta teoria, a teoria de sistemas, Moore e Kearsley (2007, pg. 10) escreveram a importância de se entender e valorizar os sistemas quando o assunto é educação a distância. Para estes autores, a exemplo dos escritos de Bertalanfy, o corpo humano é o melhor exemplo para se entender a interdependência vital entre os subsistemas (sistemas menores) na formação de um sistema maior. Neste sentido, a linha que divide o sistema circulatório do sistema respiratório, por exemplo, passa a ser tão tênue, que ela deixa de existir, tamanha a dependência entre estes e os outros subsistemas na formação e manutenção do sistema maior, o sistema humano.
Para Moore e kearsley (2007, pg. 9 e 11), este princípio também se aplica às organizações de ensino, em especial, às de ensino a distância, pois seus atores operam em ambientes distintos na maioria das vezes em que há interação entre si. “Um sistema de educação a distância é formado por todos os processos componentes que operam quando ocorre o ensino e o aprendizado a distância, incluindo: aprendizado, ensino, comunicação, criação e gerenciamento”. Nestes moldes, é possível compreender o quanto é complexo o subsistema composto por alguns alunos, por exemplo, onde cada um interage com os colegas, professor, tutor, meios de comunicação e conteúdo de um determinado curso. Sendo assim, pode-se deduzir que há uma variação no grau de complexidade dos sistemas na medida em que se focaliza parte de seus subsistemas e que a alteração em qualquer um destes pode afetar o sistema como um todo.
Ao visualizar os subsistemas de uma instituição de ensino a distância tais como: fonte de conhecimento, gerenciamento de materiais dos cursos, transmissão de conteúdo, professores, alunos, controle e subsistema administrativo e compará-los com as críticas impostas pelos alunos, professores e outros atores direta ou indiretamente envolvidos no processo de ensino-aprendizagem a este sistema maior — educação a distância, verifica-se uma falha crucial em sua visão sistêmica e, talvez, determinante para o futuro desta modalidade de ensino no Brasil. Como exemplo, não são raras as vezes em que o material didático escolhido por um professor ou o conteúdo de determinada disciplina não encontra respaldo nos meios de comunicação adotados para a transmissão de dados ou valores para seus alunos. Como agir de maneira integrada nestes casos? Nesta mesma linha, os desenvolvedores de sistemas operacionais muitas vezes desconhecem as peculiaridades de cada disciplina no momento em que estão criando as plataformas de comunicação e interação com os alunos da instituição. Esta mesma falha acontece com os dados gerenciais e de controle por parte da administração.
Não se deve acreditar em “receita” pronta ou visão prescritiva daquilo que deve ser a educação a distância sob o ponto de vista de suas engrenagens, entretanto, o recomendado pela literatura ainda é uma maior integração entre as partes envolvidas no processo de ensino-aprendizagem, desde seu input até o seu output. Quanto mais unificadas estiverem as partes que compõe o todo, maior será a eficácia da organização de educação a distância. Para isso é necessário maior diálogo e planejamento a fim de se alcançar plena integração. Quando isso ocorrer, as mudanças no ensino a distância serão tão profundas que todos os envolvidos neste processo não se cansarão em buscar melhorias e se acharão em tão plena forma como uma orquestra o é depois muitos ensaios em conjunto.
Marcílio Gomes
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: edição compacta. 3. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Campus, 2004. xxviii, 494 p
MOORE, Michael G.; KEARSLEY, Greg. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learning, c2007. 398 p.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
Tragando seus sonhos
Um trago aqui outro acolá, assim vivem muitos brasileiros. Já parou pra pensar que, além da saúde (assunto muito importante, mas que não nos compete discorrer neste momento) os males que este hábito pode trazer para a sua vida financeira? Você conhece alguém que afirma fumar ha mais de 15 anos numa média de um maço de cigarros ao dia? Quem estiver interessado em alcançar o sonho de ter a casa própria, por exemplo, e que ainda insiste nos tragos e baforadas deve começar a reduzir esse “pequeno” gasto, que acaba passando sem ser notado no orçamento de milhões de brasileiros. Vejamos alguns números:
Acompanhe abaixo o cálculo do custo financeiro ao longo de 15 anos para quem fuma um maço de cigarros ao dia (preço médio de R$ 3,00 por maço)
Custo Financeiro
TEMPO VALOR APLICADO a 1% a.m
1 ano R$ 1.141,50
5 anos R$ 7.350,30
10 anos R$ 20.073,50
15 anos R$ 44.962,22
Na tabela acima estamos considerando o gasto diário de um maço de cigarros pelo preço médio de R$ 3,00 (três reais) e uma aplicação a 1% a.m, mas, se a poupança rende em média 0,5% a.m você pode até pensar que 1% a.m é muito - mas não é. Por quê? Simples. Algumas aplicações de risco oferecem até mais de 1% a.m como é o caso de ações na bolsa de valores, por exemplo, e outras aplicações consideradas sem risco como previdência e títulos públicos que oferecem algo próximo de 1% a.m. E por que aplicar em títulos de risco? Porque não há “investimento” mais arriscado que “queimar” dinheiro. Essa é a grande razão!
Com os estudos realizados nos EUA apontando para um consumo de cigarros cada vez mais precoce, a Dra. Susan, psicóloga, pesquisadora e professora de psiquiatria em Harvard em seu livro “Crianças do Consumo a Infância Roubada”, concluímos que a conquista da tão sonhada independência financeira passa por apuros em uma faixa etária cada vez maior. Pense nisso!
Marcilio Gomes é professor de Administração e Economia para o ensino fundamental e médio e Matemática Financeira para cursos de graduação e Tutor da PUC Minas Virtual no curso de Administração.
Para conhecer mais visite: WWW.administramar.blogspot.com
Acompanhe abaixo o cálculo do custo financeiro ao longo de 15 anos para quem fuma um maço de cigarros ao dia (preço médio de R$ 3,00 por maço)
Custo Financeiro
TEMPO VALOR APLICADO a 1% a.m
1 ano R$ 1.141,50
5 anos R$ 7.350,30
10 anos R$ 20.073,50
15 anos R$ 44.962,22
Na tabela acima estamos considerando o gasto diário de um maço de cigarros pelo preço médio de R$ 3,00 (três reais) e uma aplicação a 1% a.m, mas, se a poupança rende em média 0,5% a.m você pode até pensar que 1% a.m é muito - mas não é. Por quê? Simples. Algumas aplicações de risco oferecem até mais de 1% a.m como é o caso de ações na bolsa de valores, por exemplo, e outras aplicações consideradas sem risco como previdência e títulos públicos que oferecem algo próximo de 1% a.m. E por que aplicar em títulos de risco? Porque não há “investimento” mais arriscado que “queimar” dinheiro. Essa é a grande razão!
Com os estudos realizados nos EUA apontando para um consumo de cigarros cada vez mais precoce, a Dra. Susan, psicóloga, pesquisadora e professora de psiquiatria em Harvard em seu livro “Crianças do Consumo a Infância Roubada”, concluímos que a conquista da tão sonhada independência financeira passa por apuros em uma faixa etária cada vez maior. Pense nisso!
Marcilio Gomes é professor de Administração e Economia para o ensino fundamental e médio e Matemática Financeira para cursos de graduação e Tutor da PUC Minas Virtual no curso de Administração.
Para conhecer mais visite: WWW.administramar.blogspot.com
Cigarro: problema social
Entre Tragos e Baforadas:
A cortina de fumaça que paira sobre a irresponsabilidade socioambiental da indústria do fumo. Nos anos 50 e 60 nos Estados Unidos, a ainda hoje poderosa indústria do fumo americana tinha a audácia de veicular propagandas com jovens e adolescentes fumando e com a mensagem (implícita e às vezes explícita) de que cigarros mentolados traziam bom hálito e que, portanto, seriam bons para a saúde. Nas décadas subseqüentes, uma luta intensa e, muitas vezes desleal, entre associações médicas e grupos de afetados pelos males do fumo versus a indústria do fumo, colocou no centro dos debates os impactos negativos do cigarro para o corpo humano, sobretudo sua contribuição para o câncer de pulmão. Apesar de ser quase impossível encontrar um leigo ou mesmo um specialista de saúde que afirmasse que o cigarro não causava câncer, os produtores de cigarros lutaram bravamente na justiça americana contra os processos indenizatórios de clientes prejudicados pelo fumo. O argumento básico era de que as pesquisas científicas não comprovavam esses malefícios. O filme “O Informante”, do diretor Michael Mann, com Russell Crowe e Al Pacino, narra a história, baseada em fatos reais, de um ex-executivo da indústria do fumo americana que quebra o contrato de sigilo que os dirigentes dessas empresas são obrigados a assinar. Um suposto ato antiético (romper um contrato assinado) é, na verdade, o início de um grande processo de abertura e democratização das informações ao público em geral, no qual ficaria evidente que a indústria do fumo alterou resultados de pesquisas científicas que indicavam claramente a associação entre fumo e câncer de pulmão. A ética venceu o moralismo. No entanto, alguns argumentam que as pesadas indenizações pagas pela indústria do fumo americana não chegaram a sacudir os sólidos pilares financeiros dessas empresas e que, no final das contas, o impacto foi quase nulo em termos da sustentabilidade competitiva desse setor. A partir do endurecimento da legislação contra o fumo nos países centrais (EUA e Europa ocidental), as indústrias de cigarro passaram a voltar seus esforços de marketing para países em desenvolvimento, nos quais a legislação ainda é frouxa, tendo como público-alvo preferencial a juventude. As restrições contra o fumo avançam em todo o mundo e até mesmo países que sempre se caracterizaram por grande liberalidade e uma certa “cultura do prazer de fumar”, como a Espanha, começam a criar legislações pesadas sobre o tabagismo em lugares públicos. Nessa nova fase de maior controle social sobre o tabaco, algumas empresas e marcas apelam para slogans como “a escolha é sua”. No entanto, a suposta liberdade de escolha é sempre relativa em uma sociedade de consumo de massa, publicidade agressiva e estímulo ao consumismo. A escolha nunca é somente do indivíduo, quando de bar em bar e padaria em padaria cartazes luminosos oferecem o prazer das tragadas, enquanto as fotos mostrando os horrores do fumo são sempre minúsculas e, muitas vezes, insistimos em não encará-las de frente. Não quero com isso negar a responsabilidade de quem decide fumar, mas dizer que ela não reside apenas no fumante. A idéia de liberdade de escolha doconsumidor traz implícita a perspectiva de que os malefícios do fumo são de responsabilidade do próprio cliente. Essa é uma perspectiva polêmica, incorreta e distorcida da realidade. A responsabilidade empresarial envolve não apenas um elo da cadeia de produção e consumo, o consumidor, mas todos aqueles que participam das diferentes etapas de produção, distribuição, consumo e descarte do lixo gerado. Se isso fosse verdade, as indústrias de pneus, baterias e óleos lubrificantes, para citar algumas, não seriam responsáveis por todo o ciclo de vida dos produtos, ou seja, não só pela sua produção e distribuição, mas também pelo recolhimento e adequado tratamento dos produtos gastos e descartados. Nessa perspectiva é que reside um dos graves problemas de irresponsabilidade social da indústria do fumo, que ficam encobertos pela névoa da discussão sobre os males da nicotina e do alcatrão à saúde humana. Não se trata de negar que esses malefícios são graves e exigem respostas ainda ma is duras da sociedade. Os problemas decorrentes do fumo atingem não só fumantes diretos e indiretos, mas toda a sociedade, visto que quem financia os gastos públicos com tratamento de saúde e campanhas anti-tabagismo são os contribuintes de impostos. No entanto, é bastante cômodo para a indústria do fumo focar a discussão e a atenção social nos males do cigarro contra a saúde, pois, no final das contas, ela pode se proteger no argumento da livre consciência do consumidor em fumar ou na tentativa de desenvolvimento de novas tecnologias produtivas que gerem cigarros menos nocivos aos seres humanos.
A irresponsabilidade social e a insustentabilidade ambiental que a indústria do fumo não consegue encobrir vem do próprio modelo de negócio estabelecido por essas empresas em várias partes do mundo. A cadeia produtiva do fumo envolve em sua base milhares de pequenos agricultores em comunidades com baixíssima qualidade de vida. Os argumentos de que o fumo gera empregos, riquezas para pequenos produtores rurais, não agride tanto o meio ambiente e alimenta cofres públicos com impostos não conseguem fazer frente aos sérios problemas que se encontram logo na produção de tabaco. As estratégias de gestão da cadeia de produção-distribuição-consumo de fumo relevam problemas gravíssimos como: 1 – monocultura de tabaco, destruindo a biodiversidade; 2– monopsônios ou oligopsônios, ou seja, um único ou alguns poucos grandes compradores com pesado poder de barganha sobre milhares de pequenos produtores, resultando em preços de compra achatados; 3 – conseqüências sociais perversas sobre comunidades e pequenos produtores, tais como dependência de uma única atividade econômica na região, trabalho infantil, fome e miséria nas áreas plantadoras; 4 – graves problemas de lixo urbano e resíduos gerados pelo fumo desenfreado e mal-educado em áreas públicas (para muitos, já se tornou redundância dizer que fumantes são mal-educados, pois além das baforadas que afetam a todos, jogam “guimbas” em qualquer lugar); 6 – relação dúbia, mal comprovada e eticamente questionável entre impostos gerados pelo fumo e gastos com saúde pública no combate ao tabagismo e seus males.Esses são problemas que os grandes impérios do fumo não conseguem encobrir e mostram que a sua irresponsabilidade socioambiental pode ser mais perversa do que os já muitos graves problemas com a saúde dos fumantes revelam para todos nós. A questão é que o foco apenas nos problemas de saúde pode levar a uma verdadeira cortina de fumaça, encobrindo e outros e tão graves males para além de uma tragada, que, ao contrário do que muitos dizem, nunca é uma “simples tragada”.
Contribuição do professor Téo
A cortina de fumaça que paira sobre a irresponsabilidade socioambiental da indústria do fumo. Nos anos 50 e 60 nos Estados Unidos, a ainda hoje poderosa indústria do fumo americana tinha a audácia de veicular propagandas com jovens e adolescentes fumando e com a mensagem (implícita e às vezes explícita) de que cigarros mentolados traziam bom hálito e que, portanto, seriam bons para a saúde. Nas décadas subseqüentes, uma luta intensa e, muitas vezes desleal, entre associações médicas e grupos de afetados pelos males do fumo versus a indústria do fumo, colocou no centro dos debates os impactos negativos do cigarro para o corpo humano, sobretudo sua contribuição para o câncer de pulmão. Apesar de ser quase impossível encontrar um leigo ou mesmo um specialista de saúde que afirmasse que o cigarro não causava câncer, os produtores de cigarros lutaram bravamente na justiça americana contra os processos indenizatórios de clientes prejudicados pelo fumo. O argumento básico era de que as pesquisas científicas não comprovavam esses malefícios. O filme “O Informante”, do diretor Michael Mann, com Russell Crowe e Al Pacino, narra a história, baseada em fatos reais, de um ex-executivo da indústria do fumo americana que quebra o contrato de sigilo que os dirigentes dessas empresas são obrigados a assinar. Um suposto ato antiético (romper um contrato assinado) é, na verdade, o início de um grande processo de abertura e democratização das informações ao público em geral, no qual ficaria evidente que a indústria do fumo alterou resultados de pesquisas científicas que indicavam claramente a associação entre fumo e câncer de pulmão. A ética venceu o moralismo. No entanto, alguns argumentam que as pesadas indenizações pagas pela indústria do fumo americana não chegaram a sacudir os sólidos pilares financeiros dessas empresas e que, no final das contas, o impacto foi quase nulo em termos da sustentabilidade competitiva desse setor. A partir do endurecimento da legislação contra o fumo nos países centrais (EUA e Europa ocidental), as indústrias de cigarro passaram a voltar seus esforços de marketing para países em desenvolvimento, nos quais a legislação ainda é frouxa, tendo como público-alvo preferencial a juventude. As restrições contra o fumo avançam em todo o mundo e até mesmo países que sempre se caracterizaram por grande liberalidade e uma certa “cultura do prazer de fumar”, como a Espanha, começam a criar legislações pesadas sobre o tabagismo em lugares públicos. Nessa nova fase de maior controle social sobre o tabaco, algumas empresas e marcas apelam para slogans como “a escolha é sua”. No entanto, a suposta liberdade de escolha é sempre relativa em uma sociedade de consumo de massa, publicidade agressiva e estímulo ao consumismo. A escolha nunca é somente do indivíduo, quando de bar em bar e padaria em padaria cartazes luminosos oferecem o prazer das tragadas, enquanto as fotos mostrando os horrores do fumo são sempre minúsculas e, muitas vezes, insistimos em não encará-las de frente. Não quero com isso negar a responsabilidade de quem decide fumar, mas dizer que ela não reside apenas no fumante. A idéia de liberdade de escolha doconsumidor traz implícita a perspectiva de que os malefícios do fumo são de responsabilidade do próprio cliente. Essa é uma perspectiva polêmica, incorreta e distorcida da realidade. A responsabilidade empresarial envolve não apenas um elo da cadeia de produção e consumo, o consumidor, mas todos aqueles que participam das diferentes etapas de produção, distribuição, consumo e descarte do lixo gerado. Se isso fosse verdade, as indústrias de pneus, baterias e óleos lubrificantes, para citar algumas, não seriam responsáveis por todo o ciclo de vida dos produtos, ou seja, não só pela sua produção e distribuição, mas também pelo recolhimento e adequado tratamento dos produtos gastos e descartados. Nessa perspectiva é que reside um dos graves problemas de irresponsabilidade social da indústria do fumo, que ficam encobertos pela névoa da discussão sobre os males da nicotina e do alcatrão à saúde humana. Não se trata de negar que esses malefícios são graves e exigem respostas ainda ma is duras da sociedade. Os problemas decorrentes do fumo atingem não só fumantes diretos e indiretos, mas toda a sociedade, visto que quem financia os gastos públicos com tratamento de saúde e campanhas anti-tabagismo são os contribuintes de impostos. No entanto, é bastante cômodo para a indústria do fumo focar a discussão e a atenção social nos males do cigarro contra a saúde, pois, no final das contas, ela pode se proteger no argumento da livre consciência do consumidor em fumar ou na tentativa de desenvolvimento de novas tecnologias produtivas que gerem cigarros menos nocivos aos seres humanos.
A irresponsabilidade social e a insustentabilidade ambiental que a indústria do fumo não consegue encobrir vem do próprio modelo de negócio estabelecido por essas empresas em várias partes do mundo. A cadeia produtiva do fumo envolve em sua base milhares de pequenos agricultores em comunidades com baixíssima qualidade de vida. Os argumentos de que o fumo gera empregos, riquezas para pequenos produtores rurais, não agride tanto o meio ambiente e alimenta cofres públicos com impostos não conseguem fazer frente aos sérios problemas que se encontram logo na produção de tabaco. As estratégias de gestão da cadeia de produção-distribuição-consumo de fumo relevam problemas gravíssimos como: 1 – monocultura de tabaco, destruindo a biodiversidade; 2– monopsônios ou oligopsônios, ou seja, um único ou alguns poucos grandes compradores com pesado poder de barganha sobre milhares de pequenos produtores, resultando em preços de compra achatados; 3 – conseqüências sociais perversas sobre comunidades e pequenos produtores, tais como dependência de uma única atividade econômica na região, trabalho infantil, fome e miséria nas áreas plantadoras; 4 – graves problemas de lixo urbano e resíduos gerados pelo fumo desenfreado e mal-educado em áreas públicas (para muitos, já se tornou redundância dizer que fumantes são mal-educados, pois além das baforadas que afetam a todos, jogam “guimbas” em qualquer lugar); 6 – relação dúbia, mal comprovada e eticamente questionável entre impostos gerados pelo fumo e gastos com saúde pública no combate ao tabagismo e seus males.Esses são problemas que os grandes impérios do fumo não conseguem encobrir e mostram que a sua irresponsabilidade socioambiental pode ser mais perversa do que os já muitos graves problemas com a saúde dos fumantes revelam para todos nós. A questão é que o foco apenas nos problemas de saúde pode levar a uma verdadeira cortina de fumaça, encobrindo e outros e tão graves males para além de uma tragada, que, ao contrário do que muitos dizem, nunca é uma “simples tragada”.
Contribuição do professor Téo
Jogar faz bem ao bolso?
Timemania: Jogar faz mal a saúde financeira!
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e representantes de grandes clubes do futebol nacional, lançaram a Timemania, uma Loteria da Caixa Econômica Federal, que tem como principal objetivo a redução das dívidas dos clubes de futebol com o Governo Federal.
Mas será que a loteria, na busca de ajustar a vida financeira dos times não estará prejudicando a vida financeira da população? Infelizmente nossa população está exposta a uma série de jogos regularizados e muitos brasileiros adoram apostar seu dinheiro nos jogos e loteria. Acreditam que essa seja a grande oportunidade de ficar milionário da noite para o dia e de resolver todos os seus problemas de uma só vez, como um passe de mágica.
O que eles não percebem é que a probabilidade de uma pessoa ganhar um prêmio sozinha é mínima. São milhões de brasileiros apostando no mesmo jogo, e quase sempre o prêmio fica acumulado por falta de ganhadores. Além disso, normalmente, os ganhadores desses prêmios acabam se tornando pobres novamente, por falta de Educação Financeira, ou seja, gastaram tudo que ganharam em diversos lugares que não lhes renderam nenhum dinheiro, somente custo. Você já parou para pensar nisso?
O brasileiro que aposta seis vezes por semana na loteria deveria reduzir para um jogo semanal e poupar o valor dos outros cinco jogos, ao custo de R$ 2,00 (valor da Timemania), com isso guardaria cerca de R$ 40,00 por mês.
O valor pode parecer pequeno, entretanto, pode ser o início do caminho da realização de um de seus sonhos. Esse dinheiro aplicado numa previdência privada, com rendimento mensal de aproximadamente 1%, resultará ao final de 15 anos o valor total de R$ 25.864,36. O que pode representar várias coisas, dentre as quais a garantia da realização da faculdade por algum membro de sua família. Não é um investimento bem melhor?
Pode parecer um sacrifício evitar os joguinhos de loteria, mas pense bem: você prefere esperar que a sorte chegue, se é que chegará, ou acha melhor conquistar gradativamente seus sonhos? Você verá que abdicar desse prazer não será nenhum sacrifício, será apenas a aposta no que existe de mais valioso, você!
Reinaldo Domingos
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e representantes de grandes clubes do futebol nacional, lançaram a Timemania, uma Loteria da Caixa Econômica Federal, que tem como principal objetivo a redução das dívidas dos clubes de futebol com o Governo Federal.
Mas será que a loteria, na busca de ajustar a vida financeira dos times não estará prejudicando a vida financeira da população? Infelizmente nossa população está exposta a uma série de jogos regularizados e muitos brasileiros adoram apostar seu dinheiro nos jogos e loteria. Acreditam que essa seja a grande oportunidade de ficar milionário da noite para o dia e de resolver todos os seus problemas de uma só vez, como um passe de mágica.
O que eles não percebem é que a probabilidade de uma pessoa ganhar um prêmio sozinha é mínima. São milhões de brasileiros apostando no mesmo jogo, e quase sempre o prêmio fica acumulado por falta de ganhadores. Além disso, normalmente, os ganhadores desses prêmios acabam se tornando pobres novamente, por falta de Educação Financeira, ou seja, gastaram tudo que ganharam em diversos lugares que não lhes renderam nenhum dinheiro, somente custo. Você já parou para pensar nisso?
O brasileiro que aposta seis vezes por semana na loteria deveria reduzir para um jogo semanal e poupar o valor dos outros cinco jogos, ao custo de R$ 2,00 (valor da Timemania), com isso guardaria cerca de R$ 40,00 por mês.
O valor pode parecer pequeno, entretanto, pode ser o início do caminho da realização de um de seus sonhos. Esse dinheiro aplicado numa previdência privada, com rendimento mensal de aproximadamente 1%, resultará ao final de 15 anos o valor total de R$ 25.864,36. O que pode representar várias coisas, dentre as quais a garantia da realização da faculdade por algum membro de sua família. Não é um investimento bem melhor?
Pode parecer um sacrifício evitar os joguinhos de loteria, mas pense bem: você prefere esperar que a sorte chegue, se é que chegará, ou acha melhor conquistar gradativamente seus sonhos? Você verá que abdicar desse prazer não será nenhum sacrifício, será apenas a aposta no que existe de mais valioso, você!
Reinaldo Domingos
Um milhão? Pra quê?
Um milhão não significa a independência financeira
O maior símbolo de riqueza para maioria das pessoas é a conquista do primeiro milhão, mas será que esse pensamento está correto? Sempre que me pessoas que se consultam comigo afirmar que possuem esse objetivo, busco mostrar que esse pensamento está totalmente errado.
A primeira questão é que a pessoa que estabelece como sonho ou meta atingir esse valor está apenas valorizando o dinheiro e não os benefícios que ele pode proporcionar, o que faz com que elas se tornem avarentas, e chegando ao fim desse objetivo elas descobrirão que de nada adiantou.
É como eu sempre falo, nosso sonho deve estar associado a conquistas como casas, viagens, aposentadoria segura, entre outros, e nunca a apenas o dinheiro. Pois, o dinheiro não trás a felicidade, mas é a forma para que tenhamos um caminho tranqüilo para conquistá-la.
Outro problema das pessoas objetivarem atingir um milhão é que essa quantia não é necessariamente o valor para a segurança financeira. Existem pessoas que podem garantir sua independência financeira com R$100.000,00 guardados e existem pessoas que mesmo com R$50.000.000,00 não terão atingido um patamar que será o bastante para que mantenha seu nível de vida para sempre.
Exemplo maior disso são os jogadores de futebol, que ganham milhões, mas geralmente não possuem a cultura de guardar dinheiro, para eles o dinheiro veio rápido e assim pode ser gasto sem regras, levando ao rápido vim de valores fabulosos. Não é incomum vermos reportagens sobre craques que ganharam “rios de dinheiro” e que hoje vivem de favores de parentes.
Assim, para pessoa que procura conquistar uma aposentadoria segura, sem precisar trabalhar, é preciso que se tenha guardado um valor que renda mensalmente o dobro do que ela recebe normalmente, essa conta poderá ser feita de forma gratuita em uma das planilhas existentes no site www.disop.com.br.
Assim fica claro que o valor dos sonhos de independência não é um milhão nem cem milhões de reais. Ele será aquele que possibilitará que a pessoa tenha um vida dentro do padrão que ela acredita ser o adequado.
Reinaldo Domingos
O maior símbolo de riqueza para maioria das pessoas é a conquista do primeiro milhão, mas será que esse pensamento está correto? Sempre que me pessoas que se consultam comigo afirmar que possuem esse objetivo, busco mostrar que esse pensamento está totalmente errado.
A primeira questão é que a pessoa que estabelece como sonho ou meta atingir esse valor está apenas valorizando o dinheiro e não os benefícios que ele pode proporcionar, o que faz com que elas se tornem avarentas, e chegando ao fim desse objetivo elas descobrirão que de nada adiantou.
É como eu sempre falo, nosso sonho deve estar associado a conquistas como casas, viagens, aposentadoria segura, entre outros, e nunca a apenas o dinheiro. Pois, o dinheiro não trás a felicidade, mas é a forma para que tenhamos um caminho tranqüilo para conquistá-la.
Outro problema das pessoas objetivarem atingir um milhão é que essa quantia não é necessariamente o valor para a segurança financeira. Existem pessoas que podem garantir sua independência financeira com R$100.000,00 guardados e existem pessoas que mesmo com R$50.000.000,00 não terão atingido um patamar que será o bastante para que mantenha seu nível de vida para sempre.
Exemplo maior disso são os jogadores de futebol, que ganham milhões, mas geralmente não possuem a cultura de guardar dinheiro, para eles o dinheiro veio rápido e assim pode ser gasto sem regras, levando ao rápido vim de valores fabulosos. Não é incomum vermos reportagens sobre craques que ganharam “rios de dinheiro” e que hoje vivem de favores de parentes.
Assim, para pessoa que procura conquistar uma aposentadoria segura, sem precisar trabalhar, é preciso que se tenha guardado um valor que renda mensalmente o dobro do que ela recebe normalmente, essa conta poderá ser feita de forma gratuita em uma das planilhas existentes no site www.disop.com.br.
Assim fica claro que o valor dos sonhos de independência não é um milhão nem cem milhões de reais. Ele será aquele que possibilitará que a pessoa tenha um vida dentro do padrão que ela acredita ser o adequado.
Reinaldo Domingos
quarta-feira, 21 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
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