sábado, 1 de novembro de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
CANIBAIS COM GARFO E FACA
O descompasso entre o discurso e a prática não é uma peculiaridade dos tempos atuais. Desde a Grécia antiga e até mesmo antes dela, já se discutiam os tramas e dramas do discurso político. Nem sempre o discurso deixa que se revelem as segundas intenções por detrás da fala. Outras tantas vezes, uma análise atenta do discurso permite descortinar intenções ocultas, que infelizmente, revelam-se politicamente incorretas.Meio Ambiente, sustentabilidade e proteção da natureza viraram idéias-força bastante difundidas atualmente e incorporadas por um número significativo de atores sociais, com interesses e posturas ambientais variadas e, até mesmo, opostas. Do radicalismo da organização não-governamental Deep Ecology (Ecologia Profunda) à diretoria de grandes empresas, todos, em uníssono, são a favor do meio ambiente. Uns dizendo que toda e qualquer atividade empresarial destrói o meio ambiente e outros afirmando que é possível se avançar em direção ao chamado “capitalismo ecológico”.Para os otimistas isso é sinal de convergência em torno de um tema fundamental para a sobrevivência de todo o planeta, inclusive dos seres humanos: a proteção ambiental. Mas o otimismo do discurso pode encobrir um pessimismo profundo na prática. Discurso e prática, quando se fala de Responsabilidade Sócio-Ambiental de Empresas, podem caminhar bem descompassados. Infelizmente, fica sempre a desconfiança de que a prática caminha a passos bem mais lentos que o discurso. Trocando em miúdos, muita propaganda empresarial e pouca ação efetiva. Ou ainda, muito mais recursos gastos em publicidade do que na proteção ambiental em si. Prova disso são os balanços sociais de empresas, que muitas vezes encobrem essa relação entre gastos com divulgação da empresa e investimentos em meio ambiente.Um dos grandes desafios da incorporação da agenda ambiental por parte das empresas reside no caráter instrumental que marca as relações no espaço interno das organizações. As empresas privadas, como toda e qualquer organização, são regidas por um certo grau de instrumentalidade. O que significa isso? Significa orientar ações, posturas e formas de explicar o mundo por uma racionalidade (um raciocínio) centrado na lógica de meios para atingir fins, de recursos para atingir objetivos. Sendo mais claro: no ambiente empresarial sempre se pensa nas pessoas e nos recursos disponíveis (inclusive a natureza) como meios para se atingir os objetivos propostos; como peças de um jogo de estratégia no qual o objetivo é se alcançar o máximo resultado. A maioria das relações que se estabelecem no espaço interno das empresas são marcadas por essa instrumentalidade. Por exemplo, investe-se em qualidade de vida no trabalho e em melhores salários porque se aprimora as condições de vida do empregado, mas sobretudo porque empregados felizes e satisfeitos com a empresa são mais produtivos, gerando maior lucratividade.Como bem já lembrava Kant, nos empreendimentos empresariais os valores, a moral e a própria ética podem se tornar um mero artifício para o alcance de metas. O filósofo alemão cita o exemplo do comerciante que agradava seus clientes não porque acreditava no valor maior de se ter bons amigos, mas sim porque se preocupava em não perder fregueses para a concorrência.Alguém pode pensar: mas tudo na vida envolve um certo grau de interesse, mesmo na esfera pessoal de cada indivíduo! Correto, mas o problema é que o discurso da máxima eficiência e competitividade, que domina hoje o ambiente de trabalho nas empresas, faz ampliar o grau de instrumentalidade das relações, em detrimento da adesão aos valores por si mesmos. Os interesses passam a vir antes e a sufocar o compromisso com os valores.A adesão das empresas a valores sócio-ambientais e a uma moral de defesa do meio ambiente pode se dar apenas como um mero recurso para reduzir a pressão de governos, comunidades, consumidores e até de acionistas (donos) sobre as próprias empresas. Afinal, a degradação do meio ambiente está se tornando, a cada dia mais, um mal negócio para as empresas. Multas, embargos legais, boicote de consumidores, manifestações de comunidades e várias outras formas de pressionar as empresas têm se tornado uma dor de cabeça para os executivos, até mesmo das grandes corporações multinacionais. Shell, McDonalds, Monsanto e Wall Mart são apenas alguns dos inúmeros exemplos de empresas transnacionais poderosas que tiveram que se curvar ao também poderoso poder de fogo de organizações não-governamentais e comunidades.No final das contas, quando a adesão aos valores ambientais é feita meramente de forma instrumental, o forte apelo para que o homem seja entendido não como um ser exótico ao meio ambiente, mas como parte integrante dele é jogado por terra. Não se protege a natureza porque isso é algo correto ou necessário por si só, mas porque ajuda a alcançar um outro objetivo. Não se protege a vida de todos os seres vivos não-humanos porque, como viventes, eles têm direito à vida como qualquer um de nós. Protege-se a natureza para atingir uma meta maior: perpetuar a empresa e assegurar que continue dando lucros.No caso brasileiro o cenário é mais dramático ainda, pois os objetivos empresariais ainda continuam muito focados no lucro de curtíssimo-prazo. Mas agora, um lucro menos selvagem. Como diz John Elkington, as empresas continuam a ser canibais, mas agora “Canibais com Garfo e Faca”. Aliás, esse é o título de seu interessante livro, publicado pela editora Campus.Apesar de tudo, continuo fazendo muita força para me colocar no grupo dos otimistas. Acho que depois de todo esse “oba-oba” das empresas em torno da Responsabilidade Sócio-Ambiental, as comunidades, os consumidores e os cidadãos vão começar a despertar para o fato de que, para se proteger de maneira consistente (ou se quiserem, de maneira sustentável) o meio ambiente será preciso ir além da racionalidade instrumental. Nesse dia, o meio ambiente voltará a ser mais ambiente e menos meio. Atualmente, desconfio que ele é visto pelas empresas muito mais como um meio para se reduzir a pressão das comunidades sobre suas atividades produtivas e assegurar seus lucros, do que como o ambiente que nos cerca, dá sentido à nossa vida e é essencial para nossa sobrevivência.
Artigo originalmente publicado em:TEODÓSIO, A. S. S. Canibais com garfo e faca: a natureza cada vez mais como meio e cada vez menos como ambiente. In: Circuito Notícias. Brumadinho: Circuito Notícias, ano 12, edição 142, 04/2006, p. 10.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
AULA PARTICULAR
Este campo do blog tem como objetivo esclarecer algumas dúvidas comuns quanto às aulas de Estatística Aplicada, Métodos Quantitativos e Matemática Financeira.
Como gosto de trabalhar:
Até 2 alunos: R$ 55,00 hora / aula / aluno
3 ou mais alunos: R$ 25,00 hora / aula / aluno
As aulas são de, no mínimo, 2 horas (tempo que julgo ser necessário para aprendermos alguma coisa). Em caso de falta ou atraso será cobrado o horário já agendado, podendo o aluno ter a reposição da aula perdida em comum acordo com o meu tempo disponível. Caso eu precise faltar e não cumprir com o horário agendado, o aluno também terá direito à reposição da aula perdida.
Certo da compreensão dos interessados, aguardo retorno para agendamento.
Dica: Para um bom desempenho nas disciplinas discriminadas acima, sugiro o estudo prévio e a tentativa individual de resolver os exercícios e, só então, munido do material didático e HP, agendar aulas particulares.
terça-feira, 15 de julho de 2008
VOCE SABIA?
domingo, 6 de julho de 2008
MENOS RISCO DE DESENVOLVER UM CANCER
Todos os dias, seja durante o simples ato de respirar ou mesmo durante períodos de estresse físico (infecções, má-nutrição, etc) e mental prolongados, nossas células produzem substâncias tóxicas chamadas de “radicais livres”os quais causam e aceleram o desgaste de todos os órgãos de nosso corpo. Felizmente, porém, nosso organismo quase sempre está “alerta” e trata então de produzir substâncias protetoras denominadas de antioxidantes, os quais ajudam nosso corpo a neutralizar e eliminar os radicais livres antes que esses causem lesões para nossa saúde. Dentre os principais antioxidantes podemos citar a glutatione, peroxidade, a SOD, dentre outros.
Alguns alimentos e mesmo alguns suplementos alimentares têm a capacidade de estimular nosso corpo a produzir maior quantidade dessas substâncias antioxidantes e, portanto, melhoram nossa saúde ao mesmo tempo que diminuem nosso desgaste celular.
Um estudo publicado na prestigiada revista científica “International Jornal of Câncer” revela que a ingestão de algumas vitaminas têm a capacidade de, não apenas, estimular a produção de antioxidantes, mas também de reduzir o risco de desenvolvermos câncer de estômago e intestino.Segundo o estudo, a ingestão de alimentos e/ou suplementos ricos em betacaroteno, vitamina C e vitamina E pode reduzir em até 70% o risco de câncer gástrico e intestinal.
Ainda segundo o estudo, essa descoberta torna-se ainda mais importante para pessoas que tenham alto risco de vir a desenvolver câncer do aparelho digestivo, tais como pessoas infectadas por H.Pylory, fumantes e pessoas com péssimos hábitos de alimentação( ingestão de condimentos, alimentos ricos em nitrosaminas, etc).
Convém lembrar, pórem, que a suplementação das vitaminasC, E e Betacaroteno ( seja pela ingestão de alimentos ou medicamentos) não deve ser transformada em panacéia nem tão pouco em “escudo” para encobrir maus hábitos ( tabagismo, alimentação rica em condimentos, etc).
Os autores do estudo alertam para o fato de que os números de câncer gastrintestinal são preocupantes e parecem ter total relação com a chamada vida “moderna”que vivemos atualmente.
Portanto, antes de simplesmente passarmos na farmácia mais próxima e nos “abastecermos” com polivitamínicos e suplementos antioxidante, é recomendável uma reorientação nutricional, um check-up periódico e é claro a adoção de um estilo de vida que, de fato , seja compatível com uma melhor qualidade de vida. Lembre-se que a cada dia que passa, a medicina evolui no sentido de prolongar a vida de todos nós. Porém, é preciso definir claramente como é que desejamos aproveitar esses anos”extras”que a tecnologia nos oferece. Afinal, viver mais não necessariamente significa viver com mais qualidade. A escolha depende somente e exclusivamente de nós mesmos.
Meditação Matinal Adventista
sexta-feira, 27 de junho de 2008
CORRELAÇÃO
Segue outra fórmula para o cálculo da correlação para duas variáveis quaisquer
Lembre-se: os valores aqui encontrados devem variar entre -1 e 1.
Este mesmo cálculo pode ser feito com a HP da seguinte forma:
1º passo: inserir os valores (tabela 1) de Y e X respectivamente na calculadora
Exemplo:
Para os dados hipotéticos da tabela 1, insere-se da seguinte forma:
a) F [ ∑ ] limpa os registros estatísticos (teclas cor laranja)
b) 83 [ ENTER ] 2002 [ ∑+ ] Digita-se o primeiro par de dados, que deve ser acrescentado aos registros estatísticos. Notem que as notas estão registradas em Y e o ano, no registrador X.
c) 86 [ ENTER ] 2003 [ ∑+ ] Entra o segundo par de dados
d) 89 [ ENTER ] 2004 [ ∑+ ] Entra o terceiro par de dados
e) 92 [ ENTER ] 2005 [ ∑+ ] Entra o quarto par de dados
f) 95 [ ENTER ] 2006 [ ∑+ ] Entra o quinto par de dados
2º passo: Nesta etapa é só inserir os seguintes comandos;
[ g ] [x, r] [ x < > y] visor = 1
Interpretração:
Podemos afirmar que há forte indício de que grandes valores da variável dependente (notas obtidas) estão associados a grandes valores da variável independente (semestres de aulas particulares). O mesmo valendo para pequenos valores também.
Para calcularmos o coeficiente de determinação basta elevarmos ao quadrado o resultado do coeficiente de correlação ou de Pearson. Seu resultado indica o quanto o modelo pode ser explicado pelas variáveis analisadas. Vale comentar que, neste exemplo, o resultado é que a variação na nota obtida foi 100% explicado pelo modelo (algo que é praticamente impossível pois, outras variáveis também influenciaram para que ocorresse esta variação).
(lembre-se, este é um caso hipotético! Dificilmente obtém-se um exemplo com r = 1)
Tabela 1: Média Obtida de Alunos do 2º Semestre de 2002 a 1º semestre de 2006
Gostaria de salientar que é possível o cálculo, pela HP 12c, de regressão linear que estudamos. (y = a + bx). Porém, reservo-me o direito de explicar pessoalmente para aqueles que estiverem interessados. Valeu! Estudem bastante e podem contar comigo!
Adm. Marcílio R. Gomes
Bibliografia.
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços : com aplicações na calculadora HP 12C e Excel. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004
PREVINIR É VIVER
Mas, além desses eventos, existem muitas outras fontes potenciais de estresse que são ditadas pelo nosso estilo de vida particular. Estas podem ser muito menos óbvias do que as crises mais importantes, mas podem ter um efeito grave e cumulativo. Se você trabalha em uma cidade grande e populosa, possui um emprego exigente e competitivo e tem de lutar contra o barulho e contra o desconforto da locomoção diária, você enfrenta mais estresses potenciais do que uma pessoa muito bem casada, que vive em uma cidade tranqüila e pequena do interior.
O fator que determina como isso interfere em você é o quanto você está contente e satisfeito com seu estilo de vida. O estresse tem mais probabilidade de acontecer se você se pegar lutando, contra a vontade, em algum percalço da vida ou se não conseguir mudar e alterar seu estilo de vida, para se adequar às suas necessidades.
INCLUSÃO DIGITAL
Quais fatores justificam tais afirmações para um país que, apesar de ter dado um belo salto, ainda possui a incômoda posição número 65 no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) segundo dados da ONU divulgados em Dublin – Irlanda?
A extensão e objetivos deste trabalho não foram direcionados para que se chegue a uma conclusão ampla e precisa sobre estas verdades. Não obstante, tem a intenção de revelar alguns pontos que possam nortear melhor em que posição o país se encontra e onde pretende chegar se comparado ao criador da rede e, também, ao resto do mundo.
Segundo o jornalista Fernando Alphen, especialista em comportamento humano, há muitas razões para se explicar este fenômeno chamado inclusão digital no Brasil, dentre alguns, ele cita a criatividade brasileira, sua maneira despojada de ser, gosto pelo inovador e por ser um país essencialmente pobre.
Acredita-se que estas características possam contribuir, porém, isso não é tudo. Outros especialistas apontam para fatores de mercado, como o cenário econômico favorável, computadores de menor preço e ações do governo para estimular a inclusão digital como sendo os principais responsáveis por esta explosão na rede brasileira.
É preciso lembrar que a origem da internet é muito compatível com aquilo que o brasileiro mais tem aprendido a valorizar - a forma democrática de ser. Quem explica melhor a união de pobres e ricos num desfile de samba? Quem explica melhor as torcidas formadas para um jogo de futebol, onde vence o competente e não aquele que possui maior condição financeira?
Longe de dar um único significado para a demanda que mais cresce no país, acho que chegou a hora do empresariado brasileiro repensar seu plano de marketing. Se em tempos não tão remotos tinham como principais clientes os engenheiros, médicos e especialistas no assunto, hoje são as classes menos favorecidas àquelas que lotam as lan houses e que compram cada vez mais aparelhos de informática, sobretudo, os microcomputadores.